quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O google, esse grande amigo/inimigo de quem tem uma doença

Um dos conselhos que eu dou a todas as pessoas que descobrem que têm cancro é que não se ponham a investigar coisas e casos da sua doença no google. Eu cometi esse erro e só Deus sabe o que sofri. Comecei a investigar estudos, taxas de sobrevida, possibilidades de recidivas... E, ao invés de fixar o que lia de positivo acerca do meu tipo de cancro (que não eram muitas coisas, aviso já), não, senhor, só me concentrava nas coisas mais negativas. Só. Só. Passava noites inteiras nisso e não me fez nada bem. Desde essa altura passaram sete anos e nestes sete anos percebi uma coisa no cancro - cada caso é um caso, cada doente é um doente cujo cancro pode reagir de formas completamente diferentes. É certo que há estatísticas, há estudos, mas também há demasiadas exceções. Eu conheci muitas. Portanto, o mais importante é confiarem no vosso médico, naquilo que ele diz e guiarem-se também por aquilo que sentem. O meu irmão mais velho, que faleceu há dois anos, dizia sempre que o nosso melhor médico somos nós mesmos. Nós devemos estar sempre atentos ao nosso corpo, analisar todos os sinais e falarmos deles com o nosso médico. Sempre.

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