terça-feira, 5 de novembro de 2013

A primeira sessão de radioterapia

Naquela sala de espera havia todo o tipo de pessoas, inclusivé crianças. Todas estavam ali para o mesmo. Ao fim de uns dias já as conhecia quase todas.

Quando fui chamada não sabia muito bem ao que ia. Estava apreensiva, mas a coisa foi mais fácil e rápida do que eu imaginava.

Depois das técnicas me colocarem a máscara e encaixarem uma série de coisas, fiquei sozinha na sala, enquanto a máquina - ao mesmo tempo que fazia um barulhinho irritante - transmitia as radiações. Isto em dois períodos distintos. Ao todo, cada sessão não demorava mais do que quinze minutos.

Para começar, nada de efeitos secundários. Mas uns dias antes de começar as sessões já eu andava feita louca a cumprir escrupulosamente os conselhos que o médico me tinha indicado. Punha pomada - a Biafine - várias vezes ao dia. Fazia bochechos com um produto que davam no IPO. Hidratava os lábios (o médico tinha aconselhado um líquido específico que também davam no hospital, mas não achei que desse grande resultado e, por isso, acabei por usar vaselina que funcionou maravilhosamente bem). Por isso, só podia tudo correr bem.

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