Depois de meses sem pensar muito no maldito cancro e com momentos muitos felizes, como a minha primeira ida a Nova Iorque, a cidade que eu mais amo e onde quatro anos depois iria casar com o homem da minha vida (embora ainda não soubesse nesta altura que ele existia), chegou o mês de maio de 2008 e com ele chegaram novos exames.
Havia algo de estranho no ar e a minha intuição dizia-me que o pesadelo do cancro não tinha terminado. Tinham passado quase dois anos de ter feito a minha primeira cirurgia e se as pessoas me diziam que já podia começar a relaxar, a verdade é que eu sentia que não o poderia fazer. Além de que continuava a sentir uma zona da cicatriz bastante densa e grossa, talvez mais grossa do que antes.
Fui fazer a ecografia de rotina e o médico que me fez este exame achou que havia ali algo de estranho ao analisar essa zona. Disse que se por um lado parecia o tecido normal da cicatriz, por outro havia ali algo que deveria ser analisado através de uma citologia aspirativa. Fui logo ter com o meu médico que se encontrava a dar consultas e ele disse que era mesmo melhor, nem que mais não fosse para ficarmos descansados, fazer a tal citologia aspirativa nessa manhã. Lá fui eu, meio atordoada.
3 comentários:
É tão bom ter esta tua partilha. Ainda esta semana esperava o resultado de uns exames e enquanto lia o teu post que falava das dores de costas eles chegaram.
Senti exatamente o que dizias.
Muitas vezes procuramos na net o que querem dizer aqueles nomes cabeludos e só encontramos o pior.
É bom ler a tua experiência para termos sempre fé e acreditar que nem sempre o pior é o que vai acontecer :)
Obrigada Fane
Kitty
Algures perdi-me. Podes ser mais concreta na cronologia? entre a altura deste post e do anterior decorreu quanto tempo? obrigada ana
O post anterior é de final de novembro de 2007 e este do princípio de maio de 2008, altura em que fiz os exames, tendo a consulta sido em abril.
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